Consumidores menos preocupados com questões ambientais são também os menos dispostos a tomar a vacina contra a COVID-19

Eles consideram que a ameaça do vírus é exagerada
05 junho 2021
sustentabilidade e vacinação
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Dados que indicam uma relação desse tema com a vacinação. Consumidores menos preocupados com questões ambientais são também os menos dispostos a tomar a vacina contra a COVID-19, segundo dados do recém-lançado Relatório Global Barômetro COVID-19, que aponta mudanças no comportamento diante da pandemia. A preocupação de muitos com questões ambientais também foi impactada com a pandemia, de acordo com o levantamento.

Em seus estudos sobre sustentabilidade, a Kantar divide os entrevistados em quatro categorias: Believers, que reconhecem a importância do assunto e tomam pequenas ações; Actives, que trabalham constantemente para reduzir seus níveis de resíduos; Considerers, que tomam ações para reduzir seu impacto ambiental, mas com menor frequência; e Dismissers, que possuem pouco ou nenhum interesse nos desafios ambientais que o mundo enfrenta e que não fazem nada para melhorar. 

Segundo dados do Barômetro, os Eco Believers são os mais dispostos a tomar a vacina (50% se disseram totalmente dipostos) e os Eco Dismissers os menos, com 11% declararando que não tomariam a vacina em hipótese alguma. Os Eco Actives aparecem logo atrás dos Believers, com 49% declarando quererem se imunizar, seguidos dos Considers, dos quais 41% demonstram a vontade. Os Eco Dismissers dispostos a se imunizar somam 35% desse grupo e 14% deles mundialmente consideram ainda que a ameaça da covid-19 é exagerada, contra 11% do total de entrevistados.

O estudo mostra ainda que a opinião das pessoas sobre questões ambientais mudou em consequência da pandemia. No Brasil, 13% dos entrevistados disseram estar hoje mais críticos em relação ao tema do que antes da pandemia, bem abaixo da média no mundo, que é de 23%. Aqui, 17% dizem estar menos preocupados com essa questão, sendo que na média mundial essa taxa é de 15%,  mas para a grande maioria dos brasileiros (59%) o tema permanece importante, contra 51% na média mundial.

Grandes cidades do mundo registraram uma notável queda de ingestão de partículas PM2,5 (elemento da poluição atmosférica) inaladas durante períodos de  lockdown em 2020. Em São Paulo essa queda foi 32%,  enquanto outros grandes centros, como Delhi registraram 60%, Seoul 54%, Wuhan 44%, Los Angeles 31% e Nova Iorque 25%.


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