Brasileiro terminou 2023 menos endividado e comendo melhor

Dados socioeconômicos apontam que programas de auxílio do Governo Federal influenciaram melhora
16 julho 2024
dados socioeconomicos
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A economia brasileira terminou 2023 com menos lares endividados. Entre 2022 e o ano seguinte, as casas comprometidas caíram de 69% para 65%. Isso sem contar que 2,4 milhões de indivíduos saíram da inadimplência. Os números fazem parte do estudo DomesticView 2024, nosso estudo que usa dados socioeconômicos para fazer uma análise do bolso dos consumidores e para onde vão seus gastos.
 
Todas as classes sociais sentiram essa mudança, mas os integrantes das D e E foram os mais favorecidos (-6% de endividados no período). A classe C apresentou queda de -3% e as classes A e B, -2%.
 
Os programas de auxílio do Governo Federal, como Bolsa Família e Desenrola Brasil, influenciaram este cenário de melhora do poder aquisitivo dos brasileiros, principalmente das classes D e E. Tanto é que os dados socioeconômicos apontam que 32% da renda desse grupo foi proveniente de iniciativas sociais – o número era 25% em 2022.
 
Com o bolso menos apertado, as classes sociais passaram a priorizar os gastos com bens de consumo massivo (55%), seguidos por despesas fixas (38%) e outros custos (7%). Dentro da primeira categoria, o destaque fica para a carne. O preço caiu 0,2%, fazendo com que 1,5 milhão de novos lares pudessem consumir a proteína.
 
Essa mudança nos gastos também deu espaço para que os brasileiros conseguissem desembolsar mais com indulgências, a exemplo dos salgadinhos (+9%), e com itens práticos, como pratos congelados e prontos (+7%).
 
Entre as despesas fixas, por sua vez, a queda no gasto com serviços públicos (-7%), com destaque para o gás de cozinha (-10%), abriu caminho para outras necessidades. Entre 2022 e 2023, despontaram os custos destinados aos animais (+14%) e à habitação (+10%).
 
No segundo grupo, a alta está relacionada, principalmente, aos gastos com aluguel. Apesar de estar em queda, há um aumento da penetração desse gasto, impulsionada pelas classes A e B (de 19% para 21%) e da classe C (de 28% para 30%). Vale destacar também que os lares com crianças pequenas (27%) e os indivíduos até 39 anos (34%) são os que mais contribuíram com a ascensão do modelo de habitação.
 
O estudo ainda analisou os gastos dos brasileiros com lazer. De acordo com os dados, TV por assinatura é o item com maior retração no gasto (-11,2%). Por outro lado, cresceu o número de lares brasileiros com acesso à internet. Com mais de 3,1 milhões de novas casas, a web cobriu 79% da população. 
 
Em 2023, também houve aumentos com gastos em serviços de streaming de vídeo (2,8 milhões de novos lares e cobertura de 25% da população) e em streaming de música (860 mil novas casas e abrangência de 5%).

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