As vendas de produtos de consumo massivo (FMCG) via comércio eletrônico cresceram sete vezes mais rápido do que o mercado total entre julho de 2018 e junho de 2019. De acordo com estudo global da Kantar, líder mundial em dados, insights e consultoria, o Brasil registrou 30,9% de aumento nas vendas online neste período, enquanto o mercado total de FMCG no País teve alta de apenas 5,6%.
Entre os países analisados – China continental, Brasil, México, Reino Unido, Taiwan, Coreia do Sul, Espanha, França, Tailândia, Colômbia e Malásia -, a China continental continua sendo o primeiro país em que este tipo de comércio eletrônico mais cresce, foi 36,1% de aumento. E a tendência não para. Nos últimos seis meses, a modalidade ganhou 10 pontos de penetração, atingindo 73% da população, ou seja, três em cada quatro famílias chinesas compram mantimentos pela internet. Estes índices colocam o país e a Coreia do Sul como os mais avançados do mundo quando o assunto é compras online de FMCG.
Apesar de o Brasil ainda não estar neste patamar, os números mostram que o comportamento do brasileiro está mudando gradativamente. Isto porque, apesar de ser o local em que as compras destas categorias via e-commerce têm a menor participação de mercado (0,1%), é o quinto com maior crescimento nas vendas.
O levantamento apontou ainda que as economias asiáticas continuam a ser líderes neste segmento. A Coréia do Sul está no topo com participação de mercado de 20,3%, seguida pela China continental (15,2%) e Taiwan (8,7%). Na Europa Ocidental, o Reino Unido lidera com 7,6%, seguido pela França, 6,2%. Na América Latina, o cenário mais tímido é parecido, tendo Colômbia (0,3%) e México (0,2%) a frente do Brasil.
“Esperamos que, até 2025, as compras de supermercado online dobrem, o que significa que 10% das vendas globais de bens de consumo serão feitas em comércio eletrônico. No Brasil, esta estimativa é de 3%”, analisa Rafael Couto, Shopper Solutions Senior Manager.
Na Ásia, o online deverá ser o principal canal até 2025. As vendas deverão representar quase um terço da aquisição de produtos de consumo em massa na China continental no intervalo de cinco anos e um quarto na Coréia do Sul. Na França e no Reino Unido, o comércio eletrônico deve representar pouco menos de 10% destas transações.